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Mauricinhos empaquetados de ternos e gravatas, e as Patricinhas arrumadas e cheirosas, estiveram em um espaço público de Parnamirim/RN, para discutir a acessibilidade nas calçadas da cidade. E já levantam uma incógnita (y), de como podem discutir e entender de acessibilidade, se vivem em espaços fechados com películas em vidros e ar condicionado.
Uma repórter/jornalista metropolitana, na Grande Natal, afirmou em redes sociais que algumas calçadas da cidade, não possuem acessibilidade. A jornalista entende que apenas algumas calçadas podem não ter acessibilidade, e oferecer alguma dificuldade. Talvez ela observe a cidade pelas entre grades de sua casa. Talvez não vá caminhando até a esquina, e procure atravessar uma avenida, que pode se chamar Maria ou Abel, com uma Petra correndo pelo meio. Talvez não vá a um supermercado, que necessite travar uma disputa com Airton Senna e outros pilotos na pista.
A verdade é que praticamente todas as ruas, salvos algumas buscas depois de incessantes pesquisas em Parnamirim, possa ser encontrado algum espaço, alguma rua com acessibilidade. Uma calçada que possa ser usada de uma esquina até a outra esquina, atravessar a rua entrar em outra calçada. É quase possível afirmar que todo o município de Parnamirim, não tenha um espaço com acessibilidade. Nem mesmo na porta da prefeitura, e suas representações em bairros.
Acessibilidades não é apenas a existência de rampas para cadeirantes em ambientes públicos ou privados. Aliás, as rampas também são muito uteis para quem anda normalmente e a pé. É preciso ter calçadas liberadas dos estacionamentos de carros. É preciso que haja calçamento nas calçadas, um calçamento plano, sem obstáculos. É preciso um espaço mínimo previstos em normas técnicas. É preciso ausência de metralhas, entulhos e lixos. É necessário a ausência de materiais para construção, como normalmente são vistos, areia, pedra e tijolos. È necessário que oficinas e lojas de peças automotivas não utilizem a calçada como extensão da loja.
É necessário a ausência de pedras soltas. É preciso que não existam postes em calçadas estreitas. Acessibilidade não é transformar uma calçada para uso do cadeirante, é para o uso de todos, com o uso das pernas e auxílio de muletas ou bengalas. É para o uso de cadeira de rodas e carrinhos de bebe.
É preciso um PAT - Plano de Acessibilidade Total na cidade. E uma incógnita já foi lançada (y). A incógnita de quando terminarão os tramites políticos, quando serão tramitados e aprovados os processos gerados; quando terminarão os tramites administrativos, por quanto vão ser orçadas as obras; quando começa o processo de licitação; e quando se iniciarão as obras.
Enquanto isto tudo não acontece, a prefeitura pode sair na frente dando o exemplo, observando o que acontece em volta dos aparelhos públicos, a começar pelo local de trabalho do prefeito e subprefeitura; e no ambiente de trabalho dos nobres e excelentíssimos vereadores. Trabalhadores eleitos que se tratam por excelência, precisam no mínimo oferecer um trabalho excelente.
Texto em:
http://www.publikador.com/educacao/roberto-cardoso-(maracaja)/pat-y-parnamirim
http://pelasruasparnamirim.blogspot.com.br/2016/05/pat-y-parnamirim.html
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